Parte G da RDC 59/2000 - Controle de Processo e de Produção (hábitos do pessoa)

26/05/2011 | Administração Geral, Gestão da Qualidade, Modelos de Documentos Pessoal, hoje recebi uma dúvida de uma ex participante de um dos curso de formação de auditores interno para a RDC 59/2000. Vamos vê-la e tentar esclarecer juntos:

“Sei que na RDC 59/00 parte G – Controle de Processo e de Produção, na parte de “Hábitos do Pessoal” rege que “Quando comer, beber, fumar e outras atividades dos empregados possam ter um efeito adverso sobre um produto, cada fabricante deverá limitar essas práticas a locais próprios. Cada fabricante deverá assegurar que os empregados compreendam esses limites.

Cada fabricante deverá designar áreas selecionadas para evitar quaisquer efeitos adversos sobre os produtos”.

Porém após a notificação interna que passei a todos os funcionários reforçando a proibição de comer e beber no ambiente de trabalho, recebi o seguinte questionamento de um funcionário: “Isto é uma recomendação, uma lei, uma sugestão….? Ou é uma definição interna da empresa? Você não acredita que talvez a redução de insetos esteja mais relacionada à desinsetização periódica do que à proibição de alimentação na área interna? Não conseguiríamos trabalhar com medidas alternativas? Orientação aos associados + práticas reforçadas rotineiras de limpeza?”

Bom, você falou direitinho. A norma coloca como requisito que em áreas que possa afetar o produto, não se possa comer e que todos compreendam essa proibição. Notadamente, as áreas mais críticas são produção e estoque. Para evidenciar que todos compreendem, usa-se listas de presença e placas sinalizadoras com a simbologia universal. Mas, no caso específico, parece que a prática começou do nada e, é óbvio, gerou questionamentos. A primeira coisa a se falar é deixar claro que é uma lei, conforme a RDC 59/2000, mas, antes disso, é uma regra da empresa e todos internamente devem a ela se adequar. Em todas as empresas são assim: os proprietários/diretoria define as regras e cabe aos funcionários obedecerem e aos gerentes fazerem cumprir as determinações.

Claro, que não podemos ser carrascos. Podemos instruir, falar da necessidade, mostrar que antes era de uma forma e agora é de outra… Mas, chega uma hora que as ações se esgotam e algum profissional deve ser substituído. com relação a desinsetização e limpeza, você deve deve deixar claro para os funcionários que são ações complementares e não excludentes. Não é assim: se tem desinsetização pode comer. É assim: não pode comer, para que a desinsetização e a limpeza sejam mais eficientes, já que não são infalíveis.

Para um treinamento de conscientização eficiente sobre a questão mostre quais os impactos que pode haver para a saúde das pessoas se seu produto sair contaminado ou com insetos. Esses treinamentos, devem ser sempre registrados numa lista de presença (Baixe AQUI um modelo de lista de presença). Caso algum funcionário seja “flagrado” comendo ou bebendo nas áreas produtivas é importante que seja de alguma foram advertido para que todos se espelhem.

Por fim, cuidado com as medidas alternativas em relação a essa questão. A alternativa é a empresa possuir uma copa sem acesso as áreas da produção/estoque. Se começar a criar regras demais e paralelas o controle precisará ser mais eficiente. Pior do que uma regra dura que funciona, é uma flexível inexequível.

Abraços!!!
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